Coluna Batendo Bola (03/10/2019)
José Carlos de Oliveira
A quem interessa o caos?
O Cruzeiro vive uma crise institucional sem fim, com o time despencando na tabela - correndo risco real de, pela primeira vez em sua história, ser rebaixado para a Série B -, e com problemas gravíssimos em sua administração.
E o pior de tudo isso é que não se enxerga luz no fim do túnel. Não se vê nada e nem ninguém fazendo algo para dar um basta nesse drama sem fim, para encerrar de vez essa sequência de fatos negativos que são jogados sobre o clube e que têm levado a China Azul à loucura.
Pelo contrário, quando surge algum palpiteiro, é para colocar ainda mais lenha na fogueira que arde para os lados azuis das Minas Gerais.
Culpados
Há aos montes. E o que mais intriga neste drama sem fim é que aqueles que jogam o clube para baixo, que propagam aos quatro ventos os lados negativos da Raposa, são justamente pessoas que se dizem cruzeirenses, que batem no peito e gritam que amam o clube estrelado acima de tudo e de todos, até mesmo de seus familiares.
Me engana, que eu gosto! Esse estado de fatos negativos que são jogados todos os dias na imprensa têm endereço certo. Muitos querem é tirar o ‘seu da reta’, e, nesta guerra para destruir, destroçar o adversário, está o Cruzeiro no meio, e é o clube, a instituição, que acaba ficando com o ônus de toda a ‘estória’.
Drama novelesco
E é isto que deve ser explicado por este pessoal do mal, tim tim por tim tim. E nunca será demais perguntar: a quem interessa todo este drama novelesco? Porque o bem do Cruzeiro é que não é.
Pelo que nos mostram os fatos, o que menos importa para este pessoal é o clube, deste que seus interesses particulares sejam levados em conta.
Por que então toda esta picuinha?
Sem resposta
Está aí uma questão que fica sem resposta. Esta briga sem fim é apenas um capítulo de uma ‘estória’ sem fim, que começou lá atrás, com um bando de imbecis lutando entre si e ninguém aparecendo para apartar a briga. São dirigentes que têm muita culpa no cartório jogando sobre outros as responsabilidades por seus erros. E vice-versa. O Cruzeiro se transformou numa terra de ninguém, onde o interesse de muitos é fazer de tudo para ‘tirar o seu da reta’. A única verdade que existe em todo este romance de terror é que, por causa de interesses particulares de dirigentes – antigos e atuais –, a lama é jogada sobre o clube, e eles não estão nem aí para o que possa ocorrer lá na frente, desde que livrem a sua cara.
Nomes
Nomes? Para que citar nomes? A torcida celeste saberá a tempo e hora a quem cobrar se toda esta história terminar em drama para o clube.
Local de trabalho é sagrado
E, nesta semana, mais um capítulo sombrio foi inserido no drama azul, com uma organizada arrombando o portão do centro de treinamentos estrelado e cobrando os jogadores em seu local de trabalho. Um bando de imbecis que se acha no direito de tudo, invade um local de trabalho e ainda acha que está com a razão...
Otários! Se ameaça resolvesse algo, o mundo seria um inferno, com todos de dedo em riste para cima de tudo, apenas porque este ou aquele não fez o que ele queria...
Menos, gente, bem menos. A máxima que importa neste momento é que, se você não puder ajudar, pelo menos que não atrapalhe.
Jogadores com a responsabilidade
O último capítulo desta ‘estória’ maluca ainda está para ser escrito, e caberá apenas aos jogadores dar o tom daquilo que querem para o futuro. Foram eles que colocaram o time nesta situação e somente eles podem tirá-lo do buraco.
Então, que falem menos e trabalhem mais.
Conselho
Ah! Muitos dizem que se conselho fosse bom cobrava-se caro por ele. Mas, para os jogadores do Cruzeiro, vai um, e de graça: deixem as farras de lado e foquem suas forças apenas no trabalho. Ninguém desaprende nada de uma hora para outra, e todos sabemos que bola vocês têm de sobra, basta trabalhar duro para recuperar a forma...