Cleo Dnar: vice de Galileu

Bob Clementino 

Estrategicamente, para o MDB, foi boa a escolha de Cleo Dnar (MDB), para compor a chapa de Galileu Machado, mesmo partido, como candidato a vice-prefeito. Cleo, advogado, político novo, bom pai, bom marido, bom filho, sem mácula, e criador e coordenador do “Bloco do Cléo”, que arrasta multidões pelas ruas de Divinópolis no carnaval.

Mas...

Para Cleo, seu nome na chapa de Galileu Machado, que representa uma forma questionável de fazer política, é um tremendo risco. Se a chapa Galileu/Cleo lograr êxito e ganhar o direito de administrar a cidade por mais quatro anos, Cleo certamente será o candidato a prefeito em 2024. Vitória em eleição abre uma nova perspectiva a ser trabalhada pelos próximos quatro anos. Mas, se Galileu for derrotado, o jovem e promissor político Cleo terá o resto da vida para explicar por que optou por este caminho.

Papel de Cleo

Antes, é preciso dizer que o prefeito Galileu goza de boa saúde, mas, do ponto de vista do eleitor, o fato de ele ter 88 anos (nasceu em 11 de julho de 1932) preocupa. Se eleito, ele vai terminar o mandato com 92 anos. Por isso, a figura jovem de Cleo traz um alívio. Mais que jovem, o currículo do vice dá ao eleitor de Galileu a segurança de que, caso o alcaide se afaste por algum motivo, a Prefeitura estará em boas mãos. Se isso é verdade, só o tempo dirá!

Só querem atrapalhar

Há tempos que atos de alguns vereadores nos levam a pensar que muitas ações deles só têm o objetivo de inviabilizar a Administração. Explico: apesar de a maioria dos edis declarar que há uma injustiça social na cobrança do IPTU, eles negam ao prefeito a revisão da planta de valores do IPTU que aumentaria a receita do Município.

Recursos estaduais 

Outra pauta que pode demonstrar uma estratégia pensada para inviabilizar a gestão municipal é o fato de o Governo de Minas ter retido em seus cofres uma verba a que a Prefeitura de Divinópolis tem direito e nem os vereadores, nem os deputados estaduais e federais e nem divinopolitano membro do governo terem se mobilizado para liberá-la. Deixaram a Prefeitura a ver navios.

Negaram a Vladimir um hospital público

A intenção do prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) era comprar o Hospital Santa Mônica, com apoio dos governadores Aécio Neves (PSDB) e Antônio Anastasia, e transformá-lo em hospital público. O valor estipulado era de R$ 20 milhões. Mas a então vereadora Heloisa Cerri com apoio de um dos colegas de bancada foram responsáveis por um movimento de mobilização popular para que a Prefeitura não comprasse o Hospital Santa Mônica, e sim que construísse um novo. A vereadora, na época, se vangloriou ao declarar “se não fosse a atuação da oposição, eu e o vereador Edsom, a “besteira” teria sido consumada”.  Ocorre que a estratégia de construir um hospital público acabou se revelando um fracasso, porque já foram gastos mais ou menos R$ 100 milhões na obra e ainda serão necessários cerca R$ 50 milhões e o hospital está inacabado. Se o prefeito Vladimir Azevedo tivesse sido autorizado a comprar o Santa Mônica, Divinópolis teria há oito anos um hospital público funcionando.

‘Rabinho entre as pernas’

Dois políticos divinopolitanos que hoje compõem chapas majoritárias na disputa pela Prefeitura já tentaram se dar bem em outros municípios. Infelizes na tentativa, colocaram “os rabinhos entre as pernas” e voltaram para Divinópolis. Quem são? Direi no tempo certo!

Mortos insepultos

Parte do Cemitério da Paz, no Centro de Divinópolis, desmoronou por causa de uma obra ao lado do cemitério. Desde fevereiro último, os restos mortais de entes queridos estão sob os escombros. Nas redes sociais, inicia-se um movimento para que se realize ao lado do cemitério um ato religioso ecumênico em solidariedade às famílias, aos mortos e para chamar a atenção das autoridades sobre mais este drama divinopolitano.

 

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