Cleitinho propõe CPI do Copacabana para investigar casas irregulares

 

Pollyanna Martins

O vereador Cleitinho Azevedo (PPS) irá propor a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades das casas do bairro Jardim Copacabana. Em seu discurso na reunião ordinária de ontem, o parlamentar citou o caso divulgado pelo Agora no sábado, 10, de seu assessor, André Luiz da Silva, que mantém uma casa em situação irregular no bairro.

— Eu quero fazer uma CPI lá no bairro Copacabana, porque tem mais 99 casas paradas lá – informa. O vereador disse ainda que “quem não deve não teme” e que não tem nada a reclamar de seu assessor. Garantiu ainda que André Luiz está dentro da legalidade, mas, caso seja provada alguma irregularidade envolvendo o funcionário, ele será exonerado imediatamente.

— Se está errado, está errado, tem de pagar. Se estiver certo, que a justiça seja feita.

Casa

O Agora teve acesso com exclusividade a documentos que comprovam que André Luiz tem um imóvel na rua Gualter Teixeira Malta, 850, no bairro, porém não mora mais no endereço há três anos. Conforme uma fonte que preferiu não se identificar, logo após deixar a casa, o assessor do vereador mandou tirar o telhado do imóvel e alegou na época que colocaria laje, porém isso nunca foi feito. Segundo o denunciante, com o passar dos anos, o mato tomou conta da casa, então André Luiz abriu o imóvel para limpeza.

A fonte informou ainda que, depois da limpeza, o assessor mandou tirar o portão e fechou o imóvel com blocos de cimento, impossibilitando a entrada na casa. O Jornal Agora esteve no bairro e constatou a situação de abandono da residência. No local, não tem janelas, pias, sanitários no banheiro nem telhado.

Cleitinho Azevedo informou à reportagem que não tinha conhecimento sobre a situação e que contratou André Luiz após receber várias indicações dele, por já ter trabalhado para outros vereadores.

Já André Luiz confirmou que a casa é sua e que o imóvel está em processo de retomada pelo Poder Público. O assessor do vereador não soube informar se a residência ainda é sua ou se já foi devolvida à Prefeitura, por meio da investigação da Polícia Federal, instaurada em 2013 para investigar irregularidades no bairro.

 

 

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