Chilique

Se tem uma classe que gosta de dar chilique, essa é a política. Ultimamente são tantos, que se assemelha a um médium recebendo entidades, ou uma mulher desesperada quando pega o marido, ou namorado, que seja, no flagra com outra. Isso, nas três esferas. Mas, especialmente em Divinópolis, esta prática tem servido de modelo.  A especialidade da maioria é espernear. E vai falar para ver! Viram jararaca. “Para quem sabe ler, um pingo é letra”.

A moda

Tanta gritaria, estrebucho e reclamação só pode ser por um motivo: falta de algo concreto para apresentar. Também pudera, a população não está precisando de nada. A saúde, a infraestrutura, o trânsito, a educação, Executivo e Legislativo vão bem, obrigada! Na ausência de propostas concretas, de sugestões e ações para o bem de Divinópolis, vamos teatralizar. E não dá para negar, as comédias são divertidas, para não dizer cômicas. É isso aí, arregacem as mangas, continuem com o gogó afiado, pois 2020 está logo ali. Ah, mas, por favor, não tentem atrapalhar ou impedir que a verdade seja dita, isso é muito feio. 

Queria aprender

Falam oito minutos e ainda ganham mais dois para concluir.  Ou seja, dez minutos de fala, às vezes assuntos misturados, outras vezes um ou dois só. “No fritar dos ovos”, é difícil entender ou absorver as informações. Na verdade, queria aprender como falar, falar e não dizer nada. Um dia, chego lá. Mas, não para escrever os textos. Pelo amor de Dadá! Perderia todos os meus leitores. Uma pena que isso também não ocorra com os eleitores. Eles fingem que entendem para não ter que cobrar. Lamentável.

Não copiou

Desta vez, não. Estes discursos incompreensíveis não vêm da escola do atual presidente. Por lá também é um tal de fala, des (fala), faz e desfaz. Por aqui, essa prolixidade está ocorrendo há muito mais tempo. Jair Bolsonaro (PSL) e companhia ocupam seus cargos apenas há dois meses. Quando ele fala, coisa rara, quase não se entende. Mas, ele tem uma vantagem: quando não sabe, fica calado, ou fala duas palavras. Neste quesito, o exemplo pode vir de cima, sim.

É direito

Um mês depois, finalmente, mais de 100 mil alunos da rede municipal de ensino de diversos municípios mineiros retornaram às aulas ontem. O adiamento ocorreu devido aos atrasos nos repasses do governo do Estado. O prefeito de Moema e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda (MDB), critica o impacto da falta dos recursos e pede que o governo não mexa mais no dinheiro dos mais de 800 cidades.  Ele diz que os prefeitos não estão pedindo dinheiro ao Estado, querem apenas o que é de direito dos municípios. Bem, reivindicação justa e necessária, mas daí a ter dinheiro para mandar, é outra história.

“Privilégios”?

O governo não terá vida fácil para realizar a reforma da Previdência. Atingidos de forma intensa pela proposta já enviada ao Congresso, os servidores públicos preparam uma pressão poderosa para garantir seus direitos, os quais o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, classificou de "privilégios". Têm muita regalia mesmo. E o ministro tem razão, no entanto, não os servidores, mas ele, outros chefes de Ministérios e quem? Os políticos, é claro. Estes deveriam não somente entrar na reforma, mas ser totalmente reformados. Se é que tem jeito.

No pé dos deputados

E os nobres deputados que se preparem. As ações vão pressionar diretamente eles em suas bases eleitorais para não votarem o projeto. Já estão criando ramificações para agir em seus locais de origem.  O objetivo é desestabilizar a base aliada do governo no Congresso Nacional. Pelo visto, “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”! O eleitor ou o governo?  Eis a questão. O desmame de qualquer uma destas tetas certamente será um baque.

 As entidades que representam os servidores já estão procurando ministros, autoridades e lideranças no Congresso para tentar emplacar flexibilizações no texto.

 O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), por exemplo, publicou em sua conta no Twitter uma lista de 22 entidades, sobretudo de sindicatos e associações, que defendem os interesses dos servidores públicos, com quem se encontrou nos últimos dias.

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