Chegou

Chegou

O líder do governo na Câmara, Edsom Sousa (Cidadania), e Ademir Silva (MDB) protocolaram na Câmara projeto para acabar com situações como a vivenciadas neste mês: os atritos entre o Complexo de Saúde São João de Deus (CSSJD) e a Secretaria de Saúde (Semusa). O Projeto de Lei CM 151/2021 cria a Câmara Técnica de Saúde em Divinópolis. Seu objetivo é solucionar divergências de cobrança em procedimentos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) com instituições conveniadas na cidade. Se aprovado, será composto por representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), da instituição conveniada, do Conselho Municipal de Saúde, do Conselho Regional de Medicina e da Comissão de Saúde da Câmara.

Mais solução

Boa proposta. Ao se depararem com o problema, não se limitaram a vídeos ou discursos na tribuna. Exerceram seus deveres como vereadores e elaboraram uma proposta para evitar que a situação seja solucionada na origem. Obviamente, a medida visa evitar que a situação gerada durante a prestação de contas da secretaria, em que os representantes expuseram divergências em lançamentos da cobrança de procedimentos médicos que, segundo os servidores, estariam com um valor bem acima do normal. Representantes do hospital foram até a Câmara para prestar esclarecimentos e negar acusações que surgiram. 

Esclarecimentos

Na prestação, o próprio secretário de Saúde, Alan Rodrigo, havia esclarecido que não se tratava de superfaturamento. A situação era que o procedimento definido não era o pressuposto. O hospital precisou ir até a Câmara explicar aos vereadores a situação e negar as acusações de supostas fraudes. No entanto, após a situação ser exposta, para usar a palavra dos próprios vereadores, montou-se o “circo”. Denúncia feitas, acusações de todos os lados surgiram. E, então, os esclarecimentos se perdem em meio ao caos. Por isso, um ambiente como o proposto é fundamental para evitar que um hospital referência como o São João seja desqualificado por seu trabalho antes mesmo de apresentar seu posicionamento. É preciso qualificar o debate, mesmo das denúncias, para preservar a imagem de todos os envolvidos, para que não sejam julgados injustamente. Toda denúncia deve ser investigada e apurada, mas é preciso fazer isso de forma séria e sóbria, sem emoção ou politicagem pública.

Transparência

O tema voltou à Câmara ontem. Ana Paula do Quintino (PSC) voltou a reforçar que não participou do encontro nem participará de qualquer reunião de portas fechadas. Para ela, todos os encontros devem ser realizados no Plenário, abertos ao público e com transmissão pelos canais oficiais do Legislativo. “O povo tem que saber o que acontece”, destacou. 

Mais prevenção

Assim como Edsom e Admir, Roger Viegas (Republicanos) também se mobilizou rapidamente para legislar, em seu caso para evitar que o assassinato na noite de sábado, 25, do segurança Edson Carlos Ribeiro, de 42 anos, se repita. Viegas, vice-presidente da Câmara, apresentou ao Legislativo, nesta segunda, projeto para obrigar eventos a fortalecer sua segurança. Sua proposta obriga estádios, ginásios, clubes, boates e similares a fazerem vistorias com detectores de metal, fixos ou móveis, em suas portas de acesso ao público. A medida será válida para shows, competições e eventos de qualquer natureza. O objetivo é evitar que armas entrem nesses locais, visto que o suspeito de assassinar Edson portava, supostamente, segundo testemunhas, um soco-inglês. 

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