Cesta básica tem três quedas em seis meses

Alimentos acumulam retração de 3% em Divinópolis

Jorge Guimarães  

Os alimentos que compõem a cesta básica registraram nova retração em junho perante a maio, totalizando três quedas em seis meses. No mês em questão, houve uma diminuição do custo da cesta de alimentos básicos de (2,43%) e em 2017, o valor da cesta divinopolitana já acumula uma retração de 3,0%. Os dados são do Nupec, da Faced.

Numa análise de 12 meses, os alimentos básicos apresentaram uma importante queda em seu valor de 11,51%. Com isso, o custo da cesta passou de R$ 370,90 em junho de 2016 para os atuais R$ 328,25. 

Produtos  

Os produtos que mais contribuíram para a queda do custo da cesta em junho foram: batata inglesa (-26,83%), tomate (-11,81%) e banana (-11,27%). Em junho, o tomate e a banana caturra figuraram novamente entre os três produtos que mais contribuíram para a queda no valor da cesta básica de Divinópolis. 

Após a segunda queda consecutiva, o comportamento do preço do tomate ainda está sendo determinado pela maior oferta do produto no mercado. O excesso de chuvas no final de maio em São Paulo e Sul de Minas Gerais afetaram a qualidade, o que contribuiu para a desvalorização da fruta no mercado. 

A forte queda no preço da banana em Divinópolis e na maior parte do país foi resultado do desequilíbrio entre a oferta e demanda no mercado. Houve uma diminuição da demanda e uma maior disponibilidade da fruta nas áreas produtoras, gerando um excesso de oferta no mercado e, como consequência, queda dos preços. 

Preço  

Em Divinópolis, o preço médio do quilo retraiu-se fortemente de R$ 3,70 em abril para R$ 2,29 em junho. A elevação da produtividade atrelada à colheita da safra do período da seca resultou numa expressiva elevação da disponibilidade da batata inglesa no mercado, do outro lado tem-se uma fraca demanda que tem contribuído sistematicamente para um excesso de batatas no mercado como um todo. 

Ontem em uma loja de rede de supermercado, o quilo da batata inglesa era comercializado por R$ 0,99. Preço este que era admirado por consumidores como a dona de casa Maria de Fátima Alves. 

— Tomara que continue assim e outras verduras e frutas também baixem os preços. Uma batata picadinha numa sopa é muito bem vinda, ainda mais neste frio — disse a dona de casa.  

Para o gerente Sérgio Antônio, os preços baixos são decorrentes da velha máxima de mercado: a da lei da oferta e da procura. 

— Estamos com uma produção boa, o clima está favorável e, com isso, a tendência dos preços é cair ainda mais, ou ficar nivelado até o final do ano. Assim podemos girar nosso mix de produtos, em ofertas semanais — garante o gerente. 

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