Celebrar não...

Celebrar não...

 

O último fim de semana foi muito triste para duas famílias divinopolitanas. Dois assassinatos, um deles, o de uma menina de forma cruel por uma vizinha. Nada neste mundo fará com que seus parentes vivam da mesma forma a partir de agora. Porém mesmo de tragédias como esta pode se tirar algo de positivo. As polícias trabalharam muito bem, como sempre fazem, e prenderam os dois criminosos. Um trabalho de inteligência magnífico da Polícia Civil colocou-os onde merecem estar. Além disso, com estes dois, são 32 homicídios em 2019 contra 39 de 2018, uma diferença significativa. Comemorar, talvez não, mas, sem dúvida, merece destaque.

 

Muito diferente

 

Uma pena que não podemos dizer o mesmo em relação à política (aliás, aos nossos políticos), porque a política em si é bacana. São os maus intencionados que fazem dela esta praga que é hoje. Em nível nacional, dispensa comentários, uma bobagem atrás da outra. De Estado, apesar de muitas reclamações por parte dos servidores, as coisas vão caminhando, principalmente na área econômica. Prova disso é que, após oito anos, a receita superou as despesas em Minas. Já em Divinópolis, 2020 subiu à cabeça da maioria e as coisas vão de mal a pior.

 

Sem tempero

 

E o Legislativo é o retrato mais fiel da política divinopolitana. A gente tenta não falar, no entanto, motivos não faltam. Na reunião de ontem da Câmara, por exemplo, faltou empolgação sadia, sobrou reclamação vazia. Da falta de projetos na pauta ao IPTU, já surrado, conhecido e repetido. Falta aquele tempero mineiro que todo mundo gosta de apreciar e, principalmente, o resultado dele, que deveria servir a população, mas não, só enche a barriga dos próprios vereadores.

 

Vão ficar

 

Mas, em um quesito, estes quatros anos de mandatos do Executivo e Legislativo do Município ganham disparados de muitos: as denúncias surgem todos os dias. Pipocam no Ministério Público (MP), que sejam de autoria do órgão contra a Câmara, ou vindo da Casa contra Deus e todo mundo. Isso quando o alvo não é a Prefeitura e o prefeito. O certo é que a legislatura e a gestão vão passar e o que vai ficar de herança são: as CPIs, ações no MP e impeachment. Nunca, na história da cidade, estas palavras foram tão faladas e ficaram tão conhecidas.

 

Ainda há esperança

 

Como nem tudo está pedido, o “Trem Turístico” ganha força na região, seguindo o exemplo de Brumadinho. Várias cidades da região são entrecortadas por linhas férreas, com esta característica, o trem sairia de Bom Sucesso até Divinópolis, com paradas em municípios que integrarão o roteiro. Atualmente, a concessão para exploração das linhas férreas da região está em fase de renovação. Uma das demandas apresentadas foi condicionar a renovação da concessão ao apoio, a partir de contrapartidas, ao projeto do “Trem Turístico”. O assunto foi debatido em uma reunião na Cidade Administrativa e contou com políticos e diversos representantes de cidades do Centro-Oeste. Um dos roteiros é a Cruz de Todos os Povos. Como se vê, há outros políticos trabalhando.

 

Protesto

 

Educadores de todo o país pararam suas atividades ontem para protestar contra os cortes da Educação por parte do governo federal e a reforma da Previdência. Alunos adeririam à causa e, em muitas unidades de ensino, não houve aula, como na Uemg unidade Divinópolis. Ainda bem que pelo menos em prol de uma causa neste país há união. Se atos como este fossem mais comuns, talvez tivéssemos outra realidade em relação aos nossos políticos. 

 

No Covil

 

O pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), local onde se concentra a maior quantidade de políticos no Estado, foi o local escolhido pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação neste 13 de agosto, dia da paralisação total dos servidores. Eles têm ainda uma ponta de esperança de apoio suficiente para evitar muitos desmandos em Minas e no Brasil. Não custa nada tentar.  

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