Campanha de vacinação contra a gripe é prorrogada

Esforço é para alcançar a meta de vacinação que, neste ano, é de 90%

Rafael Camargos 

Quem ainda não se vacinou contra a gripe terá mais uma oportunidade de se proteger. O Ministério da Saúde prorrogou a campanha nacional até o dia 9 de junho. O esforço é para alcançar a meta de vacinação que, neste ano, é de 90%. A decisão foi anunciada na quinta-feira, 25, durante reunião da Comissão dos Intergestores Tripartites (CIT) e teve como motivo à baixa adesão do público-alvo à campanha. Depois de 38 dias em atividade, em Divinópolis, a campanha ainda não atingiu as metas de cobertura de 90%. A cidade já recebeu 60.800 doses e a vacinação continua em 36 unidades de saúde. De acordo com a Central de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), até o momento, foram aplicadas 41.162 doses, 80,46% de um total de 51.160 formado pelos grupos prioritários e o de pessoas com comorbidades. 

Até ontem, 25, foram vacinados 35,1 milhões de brasileiros. Este total considera todos os grupos com indicação para a vacina, incluindo população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades. A população prioritária desta campanha, que não considera esses grupos, é de 54,2 milhões de pessoas. Desse total, 63,6% foram vacinados. 

Campanha
Para a 19ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza, o Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da vacina, garantindo estoque suficiente para a vacinação em todo o país. A coordenadora nacional do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, alerta sobre a importância do público-alvo se imunizar o quanto antes para evitar a gripe e seus possíveis agravamentos.  

— É importante que a população da campanha se vacine neste período para ficar protegida quando o inverno chegar. A vacina demora 15 dias para fazer efeito no organismo, por isso, o Ministério da Saúde planeja a campanha antes do inverno, período de maior circulação dos vírus da influenza— destacou Carla Domingues. 

Até o momento, nenhum grupo prioritário atingiu a meta de vacinação. Entre os públicos-alvo, os idosos registraram a maior cobertura vacinal, com 15,1 milhões de doses aplicadas, o que representa 72,4% deste público, seguido pelas puérperas (71,2%) e indígenas (68,6%). Os grupos que menos se vacinaram são as crianças (49,9%), gestantes (53,4%), professores (60,2%) e trabalhadores de saúde (64,2%). Além do grupo prioritário, também foram aplicadas 7,1 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional. 

A vacina contra a gripe está disponível nos postos de vacinação para crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto); população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além dos professores que são a novidade deste ano. 

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. 

Crônicas  

 Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.  

 

 

Comentários