Camelódromo I

Ambulantes e/ou camelôs há em praticamente todo lugar do mundo e o termo camelô é um galicismo que significa “vendedor de artigos de pouco valor”. Trata-se de uma profissão antiga que pouco evoluiu. Sempre se tratou e se tratará de trabalhadores que disporão seus produtos normalmente baratos nas ruas, praças, portas de igrejas, ou seja, onde há maior concentração de pessoas transitando. O cliente potencial do camelô é quem estiver passando na rua naquele momento. Alguns chegam a pegar o potencial cliente pelo braço. A concorrência é brava.

Camelódromo II

Se, de um lado, temos os sensíveis que clamam que serão prejudicados vários pais de família, do outro, temos aqueles que acham que o cidadão e os comerciantes foram enganados, pois a ideia central, em 2007, era retirar os ambulantes da rua Goiás e avenida 1º de Junho. 12 anos depois, andar pelas ruas citadas é quase uma aventura devido à ocupação de ambulantes e o quarteirão fechado da rua São Paulo, hoje praticamente também quase impossível de transitar, sem falar na sublocação e venda de produtos ilegais. A quem ouvir? A quem dar razão?

Sugestão

A maioria dos pequenos agricultores vende seus produtos em feiras. Nos fins de semana há na região central e também em alguns bairros. A rua onde é estabelecida é fechada por algumas horas e, depois, tudo volta ao normal, sem estresse, sem bagunça. Em Belo Horizonte, a avenida Afonso Pena se torna uma grande feira aos domingos. Em São Paulo, a avenida Paulista deixa de ser a Wall Street do Brasil e se transforma em uma grande feira com vendedores de toda sorte de produtos e apresentação de artistas de várias vertentes. Há público para todos! Imagine se a avenida Antônio Olímpio de Morais ou quem sabe a avenida 1º de Junho fossem fechadas por algumas horas no domingo para que camelôs, artesãos, vendedores de comida em carrinhos e quem sabe apresentações musicais? Seria até uma atração turística, como ocorre em Belo Horizonte e São Paulo! Nos outros dias da semana, ou seja, de segunda a sábado, a solução seria os boxes em shoppings populares. E que ninguém ouse pensar que não funciona. Funciona, sim! Como dito no filme de 1989 “O Campo dos Sonhos”, “Se você construir, ele virá!”.  Por normalmente se tratar de uma empresa que somente o dono que nela trabalha ou no máximo com um empregado, pode ser que se encaixe no Microempreendedor Individual (MEI) nos termos da Resolução CGSN 1401, de 22/05/2018 da Receita Federal do Brasil. Não podemos nos esquecer da Medida Provisória 881, de 2019, a MP da Liberdade Econômica. A quem interessar, contate um contador e veja como melhor exercer sua profissão. Como está é que não pode ficar!

Marcelo Veloso / Rolando Menezes

Há 35 anos surgia em Divinópolis um novo conceito de restaurante. Era a Cervejaria Savassi, de propriedade de um dos diretores da Kaiser Minas, então sediada em Divinópolis, na única parceria da Coca cola com bebida alcoólica em todo o mundo. Em 1994, ela foi oferecida a Marcelo Menezes, que se assustou com a oferta, vez que era engenheiro metalúrgico, executivo em uma siderúrgica da cidade. Marcelo aceitou o desafio e pensou que precisaria de um parceiro na nova empreitada. Do outro lado da rua, estava a lanchonete Rolandus Lanches, de propriedade de Rolando Menezes. Marcelo viu nele o sócio que procurava. Marcelo então o procurou e disse “preciso de um sócio e é você”. Proposta feita, sociedade aceita sem pestanejar e, 25 anos depois, a parceria inusitada entre o engenheiro metalúrgico e o lancheiro (aquele que faz sanduíches) se tornou uma rocha de amizade, confiança, fraternidade, empreendedorismo, sempre com o compromisso de prestação de serviços de qualidade, visando colaborar para o crescimento da cidade, gerando empregos e divisas. A Cervejaria Savassi, que durante mais de 30 anos somente possuía serviço a la carte, nos últimos dois anos abraçou o serviço self-service e tem sido um sucesso. A Cervejaria Savassi tem dois diferenciais fantásticos: o “Clube do Whisky”, em que os “sócios” deixam guardadas ali suas garrafas de whisky e os garçons, depois de umas idas do cliente ao local,  já sabem o seu gosto. Parabéns é pouco para essa dupla dinâmica que esta semana está comemorando os 35 anos da Cerveja Savassi com uma reforma que agradou a toda clientela, e que venham outros 35, 40, 50 anos. Enfim, que muitas gerações ainda adentrem seus portões e se sintam em casa, como tem sido até hoje. Vida longa à Cervejaria e, claro, aos seus brilhantes proprietários. Tim tim!

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