Brincadeira de mau gosto?

Batendo Bola 

José Carlos de Oliveira 

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Por incrível que possa parecer, em pleno século XXI ainda encontramos um pessoal que ultrapassa todos os limites da sensatez. Ofendem por ofender, sem medir o real alcance de suas palavras. Mas o pior desta história suja é serem eles uns “bananas”, covardes mesmo, que se escondem no anonimato nas redes sociais para destilar seu veneno.

E no futebol, esta prática atinge proporções assustadoras. E isto não vem de agora, não, e muito menos é prática de uma torcida em particular. Em todas as torcidas há os “sem noção”, que tripudiam de tudo e de todos como se isto fosse a coisa mais normal do mundo.

 Atleticanos 

Agora mesmo, na rodada do fim de semana, foi a vez de alguns atleticanos ultrapassarem todos os limites. Inconformados com o péssimo resultado do duelo frente a Chapecoense — empate em 3 a 3, jogando 63 minutos com um jogador a mais em campo — alguns torcedores (que se dizem atleticanos) postaram imagens e posts desejando o pior para os jogadores e dirigentes do simpático clube de Santa Catarina.

Pelo Twitter e pelo Instagram, estes “pseudos” torcedores do Atlético publicaram imagens em que fazem referência à queda do avião (que matou quase todo o time da Chapecoense) para comentar o empate da noite de sábado. Com palavras que não vale a pena serem repetidas, desejavam o pior para os jogadores do clube de Chapecó.

Uma lástima. Ainda bem que esta “tiurminha” é minoria, e a verdadeira massa atleticana já se manifestou contra, repudiando tais atos.

 MANGUEIRAS BRASIL 

Atleticanos querem o Gallo fora do Galo 

Ou o time do Atlético encontra o caminho das vitórias ou ficará insustentável a permanência de Alexandre Gallo na diretoria de esportes do clube alvinegro. Com o time em queda livre na tabela, a Massa já elegeu os culpados, e não está sendo nada fácil a vida do presidente Sette Câmara e do diretor de futebol. No jogo de sábado, a fúria da torcida caiu toda sobre eles.

 Menos culpado 

Não tenho, como na realidade ninguém tem, procuração para defender o diretor Alexandre Gallo. Mas tenho opinião formada sobre o assunto, e acredito realmente ser ele o menos culpado nesta história. Ele apenas obedece às ordens que vêm de cima e, se alguém há a ser cobrado, este é o presidente.

 Mudança

 E para cobrar do presidente Sette Câmara, o torcedor alvinegro tem de tomar uma decisão e saber o que quer para o futuro do clube. Quer um Atlético em condições de arcar com seus compromissos, ou um clube afundado em dívidas.

Como torcedor, o atleticano sempre vai querer um time vencedor, mas para isto tem que tomar posição: viver pelo hoje ou confiar em dias melhores no futuro? Com a palavra, a Massa alvinegra.

 A economia de gols do ataque azul 

O Cruzeiro de Mano Menezes deu um salto na tabela e hoje já é o segundo colocado (escrevo a coluna antes do jogo da noite desta segunda-feira, entre Paraná e Fluminense), mas ainda assim há aqueles que insistem em questionar o rendimento do time azul.

 Econômico 

Com quatro vitórias pelo placar mínimo (1 a 0) e um dos piores ataques do Campeonato Brasileiro 2018, o time celeste é realmente muito econômico nos gols. E suas atuações nos últimos jogos levam a questionamentos por parte de alguns.

 O que é melhor?

 Mas seria o caso de se perguntar: o que quer hoje o torcedor, os três pontos ou muitos gols? A resposta deve ser simples, vitórias de 1 a 0 ou 10 a 0 têm o mesmo valor. O resto é apenas o resto.

 Resposta do tamanho da pergunta

 No fim de semana, após a vitória de 1 a 0 sobre o Ceará, um repórter do SporTV perguntou pro Mano Menezes:

— Mano é a 4° vitória de 1 x 0 do time do Cruzeiro?

Mano responde:

— Caro repórter, o campeonato não é de gols marcados, mas, sim, de pontos corridos.

É, perguntar todos podem até perguntar, mas também têm de aguentar (e calados) as respostas. Quem fala o que bem entende nem sempre ouve o que quer. Simples assim!

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