Beleza, a PEC 49 passou!

Os professores andam muito curiosos para saber como irão receber os novos salários que foram finalmente adotados para todo o Estado, porque finalmente os deputados aprovaram a Proposta de Emenda Constitucional que há seis meses travava a pauta na Assembleia. É verdade que foi só o primeiro turno, mas parece que não haverá problema para o segundo, já está marcado para o dia 25 de julho. 

O abacaxi de Pimentel 

O governador, que não sabe nem como pagar os atuais salários do seu funcionalismo, tem certeza de que não pode arcar com o aumento de cerca de 100% aos professores. Na verdade, não é aumento e, sim, uma ordem de cumprimento de uma lei federal que não estava sendo cumprida, exatamente por falta de dinheiro segundo os governantes. De um piso de aproximadamente R$ 1.200, a PEC 49 obriga o pagamento de cerca de R$ 2.500 como piso, o que, convenhamos, fará um pouco de Justiça ao sofrido professor brasileiro. 

Destravado... 

...o governador terá algum tempo de realizar alguma coisa, mesmo não tendo dinheiro. Pode contratar serviços e obras já licitados, o que não podia em razão da pauta parada pelos deputados. Só que, como candidato, Pimentel, que já fala em dividir o pagamento também dos professores, ficará com um abacaxi muito grande nas mãos, pois, se não pagar, perde votos e, se pagar, pode ficar inelegível. Em outras palavras, sai do espeto e cai na brasa. 

Anastasia sabe disso 

Mesmo sabendo de todas as dificuldades que seu próprio governo deixou para Pimentel, Anastasia diz que existe jeito de arrumar a casa, desde que alguns ajustes sejam feitos. Se for eleito, já garantiu que não dividirá pagamentos e fará como sempre fez durante o seu mandato: pagará todo mundo até o quinto dia do mês. A notícia é muito boa para o funcionalismo, mas tem pouca gente acreditando nesta possibilidade, pois, se o Estado já estava quebrado, agora com Pimentel, além de todo tomado pelas “forças vermelhas de ocupação”, está em situação pior do que quando assumiu. Culpa de quem? –Dele mesmo, claro. Não fez cortes, não provocou nenhuma reforma, ficou contente apenas em tirar dinheiro dos precatórios e das caixas de assistência do funcionalismo, não paga nem os remédios que não podem faltar nas farmácias. Além disso, entre tantas coisas mais, na semana passada os presos passaram a receber comida, porque houve um acordo às pressas com os fornecedores, que fazem esse tipo de acordo porque querem continuar na boquinha. 

Galileu diz que não paga 

Por aqui, a reação é a mesma, pois o prefeito Galileu Machado (MDB) já mandou avisar que nem o “terço” das férias irá pagar, já que o Estado não repassou nenhuma verba para tal e que não tem dinheiro. Ele não está errado, pois o turbilhão de problemas vem lá de Brasília, passa por BH e chega a Divinópolis, que, dia após dia, vê a arrecadação cair em razão das despesas que aumentam. Não há desespero entre o professorado já calejado com as greves e as dificuldades que encontram todos os anos, entrando ou saindo governos. Como o atual prefeito já foi useiro e vezeiro em atrasos de pagamento, por enquanto as coisas vão andando como podem.

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