Batendo Bola: Presente de Natal azul?
José Carlos de Oliveira
Presente de Natal azul?
O centroavante Fred foi anunciado como o grande reforço do Cruzeiro para a disputa da Copa Libertadores e das demais competições que o time celeste disputará no ano que vem. O anúncio foi feito em clima de festa da China Azul no início da tarde de sábado, às vésperas do Natal. A questão que fica a ser respondida é se era Fred o presente de fim de ano que a torcida tanto queria?
Qualidades
Que o artilheiro é um goleador nato, um dos poucos que ainda restam no futebol brasileiro, que sabe como ninguém transformar as jogadas em gols, não há dúvida alguma. Resta saber agora é se ele chega inteiro à Toca da Raposa. Se ele mostrar no Cruzeiro a mesma disposição e bola que jogou no rival Atlético, já estará de bom tamanho. Melhor ainda seria se voltasse a ser o Fred de três, quatro anos atrás, no Fluminense. Como isto é impossível, é pagar para ver.
Fred x Mano
A grande questão que fica para ser respondida, no futuro, é como será a relação de Fred com Mano Menezes? Ou melhor, ainda, como o atacante se encaixará no esquema do treinador? Estas são perguntas que somente o futuro decidirá a resposta, pois, se olharmos para episódios passados, e recentes, a diretoria azul arranjou foi uma “tremenda dor de cabeça para o ano que vem”.
Com ou sem o 9
Mano Menezes nunca foi adepto de um atacante fixo na área (lembram-se do Ramón Ábila?) – e com o próprio Fred, na seleção, criou um impasse na relação entre os dois, justamente por isto – e não será agora que mudará seus conceitos. Ou não? Se o treinador deu o aval para a chegada de Fred, é sinal de que pretende inovar para 2018. Do contrário, não faria sentido algum arcar com os custos milionários que será o atacante para o Cruzeiro, para ele esquentar o “traseiro” no banco de reservas. O impasse está criado, agora a decisão está nas mãos de Mano: jogar ou não com o 9, um homem fixo na área, será uma decisão exclusiva dele, do treinador.
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Tapando um buraco, abrindo outro
A nova diretoria do Atlético pode ter de se explicar com a Massa num futuro não muito distante. E impossível é prever o que poderá acontecer nos próximos meses. Com Alexandre Gallo como diretor de futebol, o presidente Sette Câmara está mudando todo o perfil do time. Está contratando jogadores mais jovens e com um custo abaixo de temporadas anteriores.
O caminho
Cada um pode pensar conforme bem entender. Para uns, este é o melhor caminho, mas, para uma grande parte da Massa alvinegra, esta é uma aposta perigosa, que pode ou não dar certo. E de consequências imprevisíveis. Se está agindo é com a cabeça, não há dúvidas de que a diretoria está no caminho certo.
Uma dúvida
Mas de uma coisa eles (os diretores) serão cobrados no futuro, e é o fato de abrir mão de Marcos Rocha, eleito por temporadas seguidas o melhor da posição no futebol mineiro, e um dos melhores laterais direitos do Brasil. Hoje quem tem um não abre mão dele, e quem não tem não encontra em lugar algum. E o Atlético está simplesmente jogando fora um dos melhores da posição.
Seis por meia dúzia
Tudo bem que Roger Guedes é o atacante que o time precisava, é um atleta de capacidade técnica já reconhecida e que deverá cair como um par de luvas no time de Osvaldo Oliveira. Mas daí a abrir mão de Rocha vai uma grande distância. É o Atlético tapando um buraco, mas abrindo outro infinitamente maior. E se liguem no que vem por aí, porque verdade maior que esta não há.
E tem mais
Se queriam era montar um time mais jovem, não faz sentido algum as chegadas de Arouca (31 anos) e Ricardo Oliveira (37). Elas por si só já desmentem todo o discurso da diretoria. Remoçou o time onde, seu presidente?