Atlético e Cruzeiro em mais uma final

Batendo Bola

José Carlos de Oliveira

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Tudo dentro de uma normalidade. Mais uma vez, os dois grandes de Minas Gerais chegam à decisão do título estadual, e sem favoritismo para nenhum dos lados, com o Atlético tendo a vantagem de jogar por dois empates, ou uma derrota e uma vitória com a mesma diferença de gols, além de ser o mandante do jogo de volta, por ter feito melhor campanha na fase inicial.

No mais, os dois times chegam iguais à decisão e mais do que nunca vale a máxima de que clássico é clássico e não há favoritos.

MANGUEIRAS BRASIL

A história das decisões em clássicos

Cruzeiro e Atlético jogam no próximo domingo, 14, às 16h, no Mineirão, o 50º clássico entre eles válido por uma final de Campeonato Mineiro. Iniciada em 1940, com a decisão do título daquela temporada, a história das finais estaduais entre os dois rivais terá, em 2019, o seu 23º capítulo, no que se refere à disputa do título.

E nos 22 capítulos anteriores, atleticanos e cruzeirenses se enfrentaram 49 vezes, num retrospecto formado por finais de jogo único, como em 1972 e 1990, ambos com vitória celeste, mas também com quatro clássicos decisivos, o que aconteceu apenas uma vez, na conquista alvinegra de 1963 que foi disputada no ano seguinte.

Geral

O Cruzeiro leva a melhor no retrospecto geral, com 13 títulos contra oito do Atlético. A edição de 1956 teve a taça dividida entre os dois clubes após uma batalha nos tribunais pela escalação irregular de um jogador pelo Galo.

A vantagem cruzeirense é fruto da hegemonia do clube na chamada “Era Mineirão”, entre 1965, quando o estádio foi inaugurado, e 2009, última final entre os dois clubes que ele sediou antes da reforma para as Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014).

Neste período, 13 das 22 decisões diretas entre Cruzeiro e Atlético foram disputadas, com o Gigante da Pampulha sendo o palco de todos os jogos. Foram nove taças cruzeirenses e apenas quatro atleticanas.

Nova Era

A reforma do Mineirão provocou duas mudanças na história das finais entre os dois rivais. Em 2011, sem estádio em Belo Horizonte, eles se enfrentaram na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na única decisão entre eles disputada no interior e que foi vencida pelo Cruzeiro.

Nas últimas quatro vezes em que jogaram disputando o título estadual, o Galo mandou suas partidas no Independência, e a Raposa, no Mineirão.

E reina o equilíbrio, com dois títulos para cada lado, com os atleticanos levando a melhor em 2013 e 2017, e os cruzeirenses em 2014 e 2018.

Na chamada “Era das Novas Arenas”, iniciada em 2013, não há vitória do visitante nos jogos decisivos. Nesta década, já foram cinco as finais entre Cruzeiro e Atlético e ninguém conseguiu ainda um bicampeonato, com os rivais se alternando na conquista do título.

No século

No século, nos 19 estaduais realizados, de 2001 a 2019, em quatro deles a final foi entre um dos dois grandes e um time do interior, três vezes com o Ipatinga e uma com a Caldense, mas apenas em 2002 os dois grandes (juntos) ficaram fora da final.

Naquele ano, o estadual foi disputado apenas por times do interior, com a Caldense sendo a campeã. Depois teve o supercampeonato, com os melhores do interior, mais os grandes da capital, com o Cruzeiro ficando campeão.

Pontos corridos

Em 2003, o Campeonato Mineiro foi disputado no sistema de pontos corridos e não teve decisão envolvendo duas equipes. O Cruzeiro venceu o campeonato, no ano em que a equipe conquistou também a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro, que completaram a Tríplice Coroa do clube.

Nove finais

Neste período, Atlético e Cruzeiro disputaram a final em nove temporadas. Nos confrontos decisivos entre eles, o Cruzeiro conquistou o troféu em seis oportunidades (2004/2008/2009/2011/2014/2018).

Apesar de chegar à finalíssima pela 13ª vez seguida desde 2007, o Atlético comemorou o título em cima do maior rival apenas em três edições (2007/2013/2017).

 

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