As mães nunca morrem

Augusto Fidelis

A trezena comemorativa dos 100 anos das aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos na Cova da Iria, que se realiza na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no bairro Porto Velho, está um sucesso. Lindas e abençoadas celebrações, animadas barraquinhas, pessoas alegres e participativas. Monsenhor Paulo Pereira foi a Fátima, Portugal, e trouxe de lá inúmeras sugestões, absorvidas por sua paróquia, inclusive os cânticos.

O ponto alto da festa será no próximo sábado, dia 13, com a seguinte programação: 6h, reza do rosário sob coordenação do Terço dos Homens; 8h, missa presidida pelo monsenhor Paulo Pereira, com participação de alunos da Escola Estadual São Tomaz de Aquino; 10h, missa presidida por Padre Pio, da Congregação Getsêmani; 12h, reza do rosário coordenada pelas mulheres; 15h, missa presidida pelo padre Cassimiro, assistente espiritual do Hospital São João de Deus; 18h, reza do terço para as crianças; e às 19h, solene concelebração presidida pelo bispo diocesano, dom José Carlos de Souza Campos.

Como no ano passado, não haverá procissão pelas ruas do bairro. A missa das 19h será campal e a imagem de Nossa Senhora passará entre os fieis, da mesma forma que acontece em Fátima. Tudo indica que neste ano também não haverá a presença de uma banda de música, mas, em compensação, um coral de 100 vozes, sob regência do secretário municipal de Carmo do Cajuru, Cleiton Vilela, cuidará da parte musical.

Tão logo terminem os festejos em honra da Mãe do Céu, as atenções se voltarão para as mães da terra, já que o dia 14 de maio, neste ano, é o segundo domingo do mês, conhecido e reconhecido como o Dia das Mães. Segundo observadores, é a segunda data mais importante do comércio.

Quando chega essa data, costumo sentir uma angústia, provocada por uma saudade imensa de minha mãe, apesar dos 40 anos decorridos de sua morte. Até hoje, sinto falta da sua bênção, quando eu saía e volta para casa, prontamente pronunciada com convicção: “Deus abençoe, meu filho”.

Quando eu era aluno do primário, a professora Natalina dos Santos convidava as mães para ir à escola na confraternização anual do mês de maio e as crianças eram estimuladas a levar flores para suas genitoras. Os outros meninos levavam qualquer flor que encontravam. Eu não. Comprava papel de seda e a Neuza do Sebastião Ribeiro confeccionava para mim um lindo buquê colorido. Eu chegava à escola no maior orgulho.

Nesta vida tudo passa, mas as mães continuam vivas, mesmo tendo passado para outra dimensão, porque assim sentencia Charles Lamb: “Viver na memória daqueles que amamos não é morrer.” Então, viva Nossa Senhora de Fátima, viva todas as mães! [email protected]

Comentários