Apaixonar-se pela humanidade

Voltando-nos para Literatura Tibetana através da obra “A voz do silêncio”, quando encontramos: “Que o Sol feroz não seque uma lágrima de dor antes que as tenhas limpado dos olhos de quem sofre. Que cada lágrima escaldante caia no teu coração e aí fique; nem nunca a tires enquanto durar a dor que a produziu".

Devemos encarar o mundo de forma inteligente e considerá-lo como um grande “Ser vivo” que funcionaria com leis também Inteligentes.

Neste caso a dor, para os orientais seria uma espécie de Divindade necessária para nossa própria educação. Seria uma orientação para corrigirmos qualquer tipo de desvio.  Seria uma “Educação pedagógica”, estabelecida pela própria natureza.  

Faz falta sermos mais sinceros na busca de nós mesmos, para identificarmos exatamente aquilo que nos faz sofrer, para que, mais além das nossas queixas, possamos caminhar na solução de nossos próprios conflitos, além de ajudar aos demais, oferecendo os nossos exemplos.

Não bastaria ligarmos a televisão e ao depararmos com alguma notícia triste, emitir um juízo moral de que algo esteja errado. A exemplo das diferentes guerras que presenciamos com o decorrer da história, onde com freqüência deparamos com alguma reportagem jornalística, onde além de inteirarmos sobre o assunto, emitimos sinceros votos para que a situação se resolva. Até ensaiamos algum discurso moralista que vai durar o tempo que nossa memória conseguir guardá-lo. Na maioria dos casos não conseguimos fazer nada de concreto, visto que acaba por fugir da esfera de poder que nossas ações conseguem alcançar.

Entretanto, se nos esforçarmos em buscar a já mencionada sinceridade de propósito, conseguiremos contribuir indiretamente para o assunto, através de uma atitude mais solidária para com os nossos semelhantes.

Deveríamos-nos “Apaixonar pela Humanidade” no sentido de que cada homem se esforce por ser mais solidário e fraternal para com os demais. Visto que toda violência humana, seja ela individual ou coletiva, começa numa ação do homem impulsionada por seu instinto. Superaremos a violência quando nossas atitudes forem governadas pela razão, sendo que nossa consciência Divina direcionará tanto nossas ações, como nossa mente e emoções.

Dentro de cada ser humano existem as respostas que nos permitirão vencer nossas próprias violências, da mesma forma existirão valores como a justiça e a fraternidade que nos permitirão desfrutar de uma sadia amizade filosófica.

 

Professor e Filósofo à maneira clássica
Elismar José Alves
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