Amor como exercício

Se analisarmos sobre os problemas do homem e do mundo atual, podemos voltar nossa atenção para a necessidade de considerarmos a relação do homem com a natureza. O Professor e Filósofo a maneira Clássica Jorge Angel Livraga, dizia sobre o assunto: “Não se analisa a função do homem no Cosmo, nem suas relações com a natureza, mas apenas seus instintos, seus costumes e seus pequenos temores e futilidades espirituais.”.

Por isto, a carência de nobres ideais, leva o homem a lutar por pequenos projetos pessoais, o que faz surgir lutas de classes ou grupos, cujos interesses se baseiam apenas em desejos infantis e egocêntricos.

Entretanto, o que se percebe no estudo da filosofia à maneira clássica é que no fundo de cada homem, palpita uma intuição de eternidade, que o levaria a uma sublime paz interior e o contrário o levaria ao desconcerto e a depressão.

Desde os anais da história, encontramos princípios que regiam os verdadeiros impérios filosóficos que sempre guiaram a humanidade. A antiga Índia Aryavarta por exemplo, oferece-nos três princípios que poderiam dar solução a estes problemas.  O primeiro deles traz a seguinte redação: “Formar um núcleo de fraternidade universal, sem distinção de raça, credo, sexo, nacionalidade, condição social nem cor”. Entendo aqui que quando falamos de fraternidade, falamos de Amor, falamos de um sentimento incondicional. Uma ação sem querer nada em troca. Não se tratando de um simples gostar, motivado pelo afã da novidade, como uma criança que abandona seu brinquedo, quando ganhe um novo. Nem tampouco de um amor relacionado com a admiração que possamos ter por uma pessoa que apresente qualidades e virtudes, sem deixar de existir, nas entranhas de nossos pensamentos, um cálculo minucioso dos benefícios que poderemos receber com aquela amizade.

Entendo, entretanto, que a verdadeira fraternidade se conquista pelo Exercício do amor. Temos que exercitar o gostar das pessoas. Amaremos nossos filhos e pais, amigos e companheiros, com o mais profundo de nossos sentimentos, desejando-lhes o melhor para suas vidas. Quiçá chegaremos a estender este sentimento para um círculo maior de pessoas. E como já dizia o filósofo Chinês, Confúcio, quando perguntado de como deveríamos servir aos Deuses, ele respondeu: “Antes de servir aos Deuses, preocupa-te de servir aos homens que te rodeiam, de fazê-los nobres, valorosos, honrados, justos e virtuosos; E uma vez realizado o anterior, dedica-te aos Deuses”.                   

Divinópolis, 14 de Junho de 2018. 

Professor e Filósofo à maneira clássica
Elismar José Alves
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