América sendo apenas América
Batendo Bola
José Carlos de Oliveira
A diretoria americana anunciou, na manhã desta quarta-feira, o nome do novo treinador do Coelho, para a vaga de Enderson Moreira, que pediu o boné e se mandou para o Bahia. E nada de novo foi apresentado pelos lados do Lanna Drumond. Quem esperava alguma novidade, um nome à altura da nova cara do clube, de um time de Série A, se deu mal e terá de se contentar mesmo é com o Drubscky.
Notem bem, nada contra o senhor Sebastião Ricardo Drubscky de Campos, que é o novo treinador americano. O moço tem currículo e já trabalhou em alguns dos maiores clubes do Brasil. Mas este é o menor de todos os problemas.
Parado
O primeiro senão na efetivação de Ricardo Drubscky como o novo treinador vem de dentro do próprio América. A diretoria está desvestindo um santo para cobrir o outro. Esta é a verdade. Como diretor de futebol, Drubscky vinha realizando um bom trabalho e não era o momento de voltar para a beira do campo.
E este, sim, é o grande dilema nesta mudança. Ele agora é apenas um dirigente de futebol e, desde 2016, há mais de dois anos, não sabia o que era comandar um time. Tudo bem que ninguém desaprende aquilo que já sabe, mas mexer em duas estruturas para resolver um problema é que poderá colocar tudo a perder pelas bandas do Coelho.
Drubscky estava parado. Já não tinha intenção de trabalhar como treinador. Preferia investir numa nova carreira, e esta volta “forçada” ao passado pode, sim, ser o maior vacilo do América no ano.
É esperar e torcer para que o pior não aconteça.
MANGUEIRAS BRASIL
Cruzeiro sonhando alto, com o impossível
Com a iminente saída do uruguaio De Arrascaeta, que pode ser negociado antes mesmo do término da Copa do Mundo, o Cruzeiro já se mexe para buscar um substituo que esteja à altura. E o nome da vez é o de Ricardo Goulart. E é aí que mora o problema.
Só conversa
Esta história de “jogar para a galera” nunca foi nem será solução para nada. E é isto que os dirigentes fazem agora ao falar em repatriar Ricardo Goulart. Esta é uma contratação que dificilmente se tornará realidade. E por muitos motivos.
O principal deles é que Ricardo Goulart é hoje o principal jogador do futebol chinês, destaque do Guangzhou Evergrande, e o grande artilheiro do time nas últimas temporadas. Sem falar no salário que ele recebe por lá, que passa em muito de um milhão de reais.
Falar em repatriar o jogador, e ainda em pagar os 10 milhões de euros pedidos pelos chineses por seus direitos econômicos todo mundo pode, mas daí a tornar isto uma verdade vai uma grande distância. É brincar com o amor da torcida.
Mas...
...se realmente é esta a pretensão da diretoria celeste, ela pode ter certeza de que a China Azul estará feliz da vida com este presente de Natal antecipado. Se não for, tratem de trabalhar sério e parem de fazer pouco caso do carinho de seu torcedor. Simples assim.
Tudo ou nada para o Brasil na Rússia
A seleção do Tite (isto mesmo, do Tite, porque de brasileira ela tem bem pouco) enfrenta a Costa Rica na manhã desta sexta-feira com a obrigação de vencer para não ver sua situação no Grupo E da Copa da Rússia se complicar de uma vez por todas. Uma derrota ou até mesmo um novo empate é impensável nesta altura do campeonato. É vencer ou vencer, nenhum outro resultado interessa.
Para o gasto
Mas não tem problema, não. Se o time jogar apenas o que sabe, sem inventar, vence com tranquilidade. O time do Tite não é a maior maravilha do mundo, é sim uma verdade, mas também não está entre os piores e, se jogar apenas para o gasto, vence sem fazer grandes esforços.