Agora na Câmara :Perfil do vereador Raimundo Nonato Ferreira

“O caminho é o diálogo. Não adianta ir com espírito de revolta; mas não pode deixar esfriar. E para isso estou muito atento”

 

Flávio Flora 

 

O vereador Raimundo Nonato Ferreira (PDT), 46 anos, comerciante, segundo-secretário da Mesa Diretora da Câmara, casado com Josiane Tavares Ferreira, tem três filhos: Sara (11 anos) e casal de gêmeos Lucas e Mariana (8 anos). 

Nonato (nome parlamentar com que foi eleito) define-se da seguinte forma: 

— Uma pessoa tranquila, desde que o outro esteja com a razão; sou uma pessoa sincera; muito direto nas minhas palavras, quando estou certo do que vou dizer. Também sou muito família. 

Considera a ingratidão o pior defeito dos outros e, refletindo sobre si mesmo, aponta “o amor ao próximo” como sua principal qualidade, alcançada com os princípios religiosos cristãos. Também considera qualidade o “ajudar as pessoas no anonimato, longe da mídia”, como ele faz. 

Sobre defeitos pessoais, Raimundo pensou, pensou e disse que era “intrometido em situações para defender o lado mais fraco, em situações de injustiça ou ameaça”. Para explicar a origem desse espírito caridoso, que vive em Nonato, ele se referiu aos tempos de criança. 

 

Gostos e preferências 

 

Entre seus gostos e preferências, Raimundo Nonato aponta a prática de karatê, o que faz se sentir bem e mais tranquilo. Entre suas comidas preferidas, destaca “o arroz e as fritas”. E o que mais ama é sua família. 

O vereador Nonato é católico praticante e já atuou em muitos momentos da igreja, auxiliando nas atividades como testemunha qualificada, assistente de casamento e ministro de batismo, além de participante do movimento “Renovação Carismática”, entre outros. 

 

Experiência política 

 

Ex-gerente de vendas, costureiro, Nonato entrou para a vida pública inspirado na condição de saúde de sua filha menor que dependia de um exame especial, em cuja fila havia dezenas de pessoas na espera. Como era urgente, procurou outros meios e conseguiu em poucos dias a autorização gratuita para o diagnóstico. Daí passou a dica para as demais pessoas e se descobriu atuando no trabalho social que pratica até hoje na periferia, “no anonimato”. Essa trajetória começou em 2004 (com 517 votos), seguiu em 2008 (com 1.033) e 2012 (1.193), quando foi suplente e substituiu seu colega de partido, vereador Eduardo Print Júnior, que assumiu secretaria na Prefeitura. 

 

Atuação legislativa 

 

Sobre seu mandato, Nonato diz que vai exercê-lo com dedicação exclusiva sem se afastar do trabalho social que realiza e que pretende ampliar. Por pertencer à coligação “Experiência e Trabalho por Divinópolis”, que elegeu o prefeito Galileu Machado (PMDB), ele diz que o apoiou porque “é pelo certo”, mas destacou sua independência. 

— Se for momento de reivindicar, nós vamos reivindicar; vamos apoiar as medidas necessárias; vamos aprovar projetos ou não; porque fiz uma campanha neutra, sem ajuda das lideranças conhecidas. Se o prefeito quer uma cidade melhor, eu também quero; então estamos juntos — afirmou o vereador Nonato. 

 

Prioridades do momento 

 

Na opinião do vereador, o mais importante para Divinópolis neste momento é a necessidade de saneamento básico na periferia, que apresenta centenas de lugares com esgoto a céu aberto e com problemas gerais como nos bairros Terra Azul, Copacabana, Candidés, para onde ele diz que quer “levar dignidade e respeito aos direitos a uma vida melhor, que alguns moradores nem sabem.” 

Outra prioridade apontada pelo vereador Nonato é solucionar essa novela com a Copasa, que não se trata só do esgoto, mas do abastecimento de água também. E para encontrar uma solução é preciso disposição para o diálogo. 

— O caminho é o diálogo. Não adianta ir com espírito de revolta; mas não pode deixar esfriar. E para isso estou muito atento e pronto para discutir uma solução que seja benéfica para o povo divinopolitano — arrematou. 

 

 

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