Adesão à greve da educação ainda é fraca em Divinópolis

 

Gisele Souto 

A greve dos servidores da educação no estado foi decretada no último dia 8. A categoria se reuniu em Assembleia Estadual para avaliar os rumos do movimento e as propostas que o Governo do Estado apresentaria à categoria. Após ouvir e avaliar o relato das reuniões que aconteceram com o Estado, a decisão votada em assembleia foi de continuidade da greve. Porém, em alguns municípios a adesão ainda é bem fraca. É o caso de Divinópolis.

Até ontem à tarde, apenas 19 servidores da Superintendência Regional de Ensino (SRE), de um total de 160, haviam aderido ao movimento. Quanto às escolas, nenhuma, pelos menos até o fechamento desta matéria, por volta das 17h30. Não houve paralisação nem mesmo parcial.  

Peregrinação 

Ficaram aprovados também na assembleia outros pontos que seriam trabalhados nos primeiros dias da paralisação. Neste sentido, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute) faz uma verdadeira peregrinação pelas SREs e escolas da cidade na tentativa de fortalecer o movimento. Em Divinópolis, a integrante da diretoria de políticas sociais do sindicato, Maria Catarina Laborê, é quem está à frente da via-sacra. Por telefone, ela disse à reportagem ontem à tarde que o trabalho havia começado às 7h e que a mobilização é comum, já que alguns profissionais acabam ficando em dúvida, o que faz necessária a chamada.

Motivos 

O sindicato explica que, após seis reuniões com o governo, não foi apresentada nenhuma proposta para o cumprimento do Acordo do Piso salarial e para as demais questões que foram prometidas pelo próprio governo (parcelamento de salários e 13º salário, regularização de repasses para o Ipsemg, passivos da carreira, férias-prêmio para quem aposentou, entre outros pontos).

Os servidores reclamam que as únicas propostas gerais que o governo apresentou na última reunião foram: pagamento do retroativo do reajuste de 2016, que ficou pendente em oito parcelas receber a partir de maio (este retroativo corresponde a 11,36% de três meses); retomada das nomeações até o limite de 60 mil.

Até o momento, segundo o movimento, não foi dada nenhuma explicação para a suspensão das nomeações em 2017.

 Sobre o direito de greve 

O Sind-Ute informa que já notificou o governador Fernando Pimentel (PT) sobre o início da greve no dia 8, cumprindo o prazo legal de 72 horas. Desta forma, toda a categoria está amparada para exercer o seu direito de greve, sem que haja substituição de trabalhador ou qualquer corte de ponto.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (SEE) disse estar ciente sobre a situação, mas que trabalha para cumprir o acordo firmado em 2015 e que reivindicações como reajustes dos salários já foram cumpridas

 

Calendário aprovado

 

09/3 - visita às escolas e SREs para o fortalecimento da greve

12/3 - assembleias e atos locais

13/3 - visita às escolas e SREs para o fortalecimento da greve

14/3 - visita às escolas e SREs para o fortalecimento da greve

15/3 - Assembleia Estadual, 14h, no pátio da Assembleia Legislativa

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