A seleção das seleções

Batendo Bola - José Carlos de Oliveira

Foi-se o tempo em que o Brasil armava grandes seleções para disputar o mundial da Fifa. Nem mesmo times que foram campeões como os de 1994 (Estados Unidos) e 2002 (Japão) conquistaram tanto os torcedores como a de 1970, que pode, sim, ser chamada de a “seleção das seleções”, pois tinha nas 11 posições jogadores à altura de vestir a amarelinha.

Time de 82

A rigor, apenas uma equipe pode fazer sombra ao time de 70. A seleção de 82, na Espanha, comandada por Telê Santana e que contava com craques como Cerezo, Falcão, Junior, Eder e Sócrates.

50 anos do Tri

A equipe de 1970 entrou para a história como a melhor de todas elas. Foi festejado neste domingo, 21, o aniversário de 50 anos da conquista do tricampeonato da seleção brasileira, que derrotou a Itália na grande final no estádio Azteca, na cidade do México, e ficou com a posse em definitivo da Taça Jules Rimet, que poucos anos depois (1983) viria a ser roubada do prédio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, e derretida em ouro.

Escrete de craques

Com um celeiro de camisas 10 na época (basta lembrar que o príncipe Dirceu Lopes nem fez parte da lista), o técnico Mário Jorge Lobo Zagallo teve que se virar para encontrar um lugar para todos eles, com Jairzinho indo parar na ponta direita com a 7 e Rivelino na esquerda com a 11. Sem falar que o volante Piazza foi recuado para formar a zaga com Brito, e Tostão jogou com a 9, como centroavante.

A escalação

A maior seleção de todos os tempos jogou quase todas as partidas do Mundial do México escalada com Felix; Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gerson e Pelé; Jairzinho, Tostão e Rivelino.

Goleada

Na grande final do mundial, que pela primeira vez foi transmitida ao vivo para o Brasil, a seleção deu um show de bola na Itália, com uma atuação quase perfeita em todos os noventa minutos, goleando por 4 tentos a 1, com gols de Pelé, Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto Torres, com Boninsegna descontando para os italianos.

MANGUEIRAS BRASIL

Festa para os mineiros em BH

Em 70 foi a primeira vez em que Minas Gerais rivalizou com Rio e São Paulo no que tange a atletas convocados para a seleção. Quatro estiveram no México: o zagueiro Fontana, o volante Wilson Piazza e o meia-atacante Tostão, do Cruzeiro, além do atacante Dario, do Atlético, que foi chamado na última hora por pressão do então presidente da República, o general Emílio Garrastazu Médici. Dois deles foram titulares em quase todos os jogos: Tostão e Piazza, da Raposa.

Chegada

A chegada dos quatro jogadores a Belo Horizonte aconteceu na tarde do dia 24 de junho, onde foram recepcionados por uma grande multidão que foi recebê-los no aeroporto da Pampulha.

Em seguida, eles seguiram num carro do Corpo de Bombeiros até a Igreja de São José, na Avenida Afonso Pena. Os campeões receberam homenagens do governador Israel Pinheiro e do prefeito de Belo Horizonte, Sousa Lima. 

 

 

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