A humanidade dos animais

Augusto Fidelis 

A humanidade dos animais

Hoje de manhã, bem cedinho, passei pela banca de jornais e dei uma olhada nas manchetes. Num dos periódicos, o título principal era horrível: “Mãe mata filho de um ano e avó omite o socorro”. Esse tipo de notícia envolvendo crianças na mais tenra idade tem sido corriqueiro, mas me sinto chocadíssimo a cada vez que tomo conhecimento de tais coisas. Por isso, neste nosso encontro de hoje, selecionei algumas situações em que animais se apresentam muito mais humanos do que o ser humano.

Cena 1: o fotógrafo Anil Prabhakar registrou um fato ocorrido numa floresta da Indonésia, cuja cena permanecerá na história. Um geólogo fazia pesquisas na região e caiu num poço de lama. Um macaco orangotango, que estava nas proximidades, apressou-se em estender a mão para ajudar aquele profissional a sair do buraco. O fotógrafo postou a foto e colocou a seguinte legenda: “No momento em que a humanidade está morrendo dentro dos humanos, os animais nos reconduzem aos princípios da humanidade”.

Cena 2: em determinado dia, numa situação ainda não esclarecida, um homem salvou um pinguim sujo de petróleo e cuidou dele até que a ave pudesse voltar ao mar são e salvo. Um ano depois, pela mesma época, o pinguim retornou para rever o seu salvador e dar provas da sua gratidão. Se uma ave é capaz de viajar centenas ou até milhares de quilômetros para agradecer pela vida, por que o mesmo não deve acontecer entre os seres humanos?

Cena 3: um cavalo chamado Penho, que participava de espetáculos circenses, ao fim de cada apresentação gostava de se aproximar de determinadas pessoas e ficar juntos delas por algum tempo.  Certo dia, o animal se aproximou de uma criança acometida pelo câncer e tirou-lhe a peruca. A partir daí, seu proprietário observou que Penho dava atenção especial às pessoas doentes, principalmente em estado de finitude. O proprietário passou a levá-lo a hospitais. Penho entra nos quartos, aproxima-se dos doentes e dá-lhes muita atenção. Na hora de sair, nunca dá as costas para ninguém, sai sempre de fasto. 

Cena 4: um homem sai para trabalhar toda manhã e retorna somente à noite. Porém, todas as vezes que chega em casa, alguém espera por ele religiosamente no alto da escada: seu cão. Assim que o homem sobe, o cão lhe dá a patinha e depois o abraça expressando assim a alegria pelo retorno do seu amo ao lar. 

São inúmeros os exemplos, como: golfinho salva surfista de tubarão; papagaio salva criança de engasgo; cachorro salva criança de afogamento na piscina; elefante salva menina de tsunami; gato salva criança de ataque de cão. Com isso, concluo: os humanos precisam imitar os animais.

 

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