A chapa esquentou

A realidade da eleição presidencial é que desta vez não há, rigorosamente, nenhum nome de grande destaque para uma disputa vibrante e entusiasmada. Nem a favor nem contra. Ontem, finalmente Joaquim Barbosa disse um basta nas especulações em seu nome e, assim, a corrida eleitoral, que tinha tudo para uma polarização entre ele e o até agora líder Jair Bolsonaro, ficou órfã de uma discussão que prometia muitos arroubos entre aplausos e apupos.

O já mais que conhecido Geraldo Alckmin, governador de São Paulo por duas vezes e candidato derrotado por Lula, era o nome do PSDB. Forte nome de nível nacional, a começar pelo próprio estado, só que não decola em virtude do fato de que todos os eleitores querem algo de novo, e Alckmin decididamente não tem nada de novo. Outro nome forte no Nordeste e fraquíssimo no restante do país, com a saída de Lula, poderá crescer: Ciro Gomes.

Trata-se de um candidato sem meias medidas, que fala o que não pode sempre que deve ficar calado. Nervoso, com certeza irá ofender de todas as formas os demais candidatos “e se entregar” ao ridículo pelas suas próprias ações. Terá um bom tempo de TV, pois a ele acrescerão os nomes do PT, do Psol e do PCdoB, já com o vice pré-definido, o “poste” paulista Fernando Haddad, também eleito em São Paulo para prefeito da capital. Saiu pior que entrou, pois não conseguiu prestígio nem nome dentro do seu próprio partido.

Está no páreo o paranaense Álvaro Dias, que tem mostrado uma postura de estadista, não se afligindo nem mostrando nervosismo em entrevista. Tem um bom trânsito pelo Sul, mas apenas por lá e também patina nas pesquisas.

Dos nomes do chamado baixo clero, sobrou Jair Bolsonaro, que, pelas redes sociais, parece ter fisgado parte dos jovens de 16 aos 35 anos, justamente aqueles mais ligados aos computadores e aos celulares. O discurso armamentista de Bolsonaro agrada a uma boa parte do eleitorado brasileiro, menos, é claro, os oposicionistas ligados ao PT, que querem todos desarmados como acontece na Venezuela, onde Maduro reina tranquilo com o seu exército contra uma população sem poder de resistência.

Com certeza, este não é o país que queremos para o Brasil, apenas parodiando o que a Rede Globo vem mostrando em seus programas jornalísticos. Jovens e adultos estão vendo os venezuelanos entrarem no país, na maior penúria. Quem pensa realmente no melhor para toda a população deste imenso país não pode querer nada parecido. E é justamente para este caminho de uma esquerda radical que o Brasil caminhava, com todas as suas estruturas tomadas por incompetentes, a começar pela “presidenta” que acabou com a Petrobrás, dilapidando e deixando que dilapidassem a então maior empresa do país.

Algumas pessoas têm ainda medo de Bolsonaro, inclusive as grandes redes de TVs, os jornais das capitais e as revistas, que não mostram a recepção que o candidato tem em boa parte dos lugares por onde passa. Nenhum outro candidato é aplaudido por onde passa, dentro de um avião ou simplesmente andando pelas ruas, visitando mercados, feiras etc. Aplaudido agora, não quer dizer que já ganhou as eleições, mas apenas que suas ideias são as que já foram aceitas pelo público. Sem Lula e agora sem Joaquim, e sem um nome expressivo, já que Marina não representa nada de novo, o capitão parece nadar em águas calmas e viajar em céu de brigadeiro.

 

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