A Câmara Municipal...

...como o STF, tem também uma divisão de turmas bem nítida. A primeira, (que tem no Supremo, Alexandre de Morais, Edson Fachin, Roberto Barroso, Luiz Fux, Rosa Weber e o reforço de Carmem Lúcia nas decisões apertadas) aqui é composta por Edson Sousa (MDB), Cleitinho (PPS), Print Jr. (SSD), Janete Aparecida (PSD), Roger Viegas (Pros), Renato Ferreira (PSDB) e Sargento Elton (PEN). Mais ou menos indefinidos, por razões inexplicáveis, estão Dr. Delano e Marcos Vinícius (Pros).

Já a segunda turma...

...lá em cima é representada por Toffoli, Lewandowski, Gilmar Mendes e Marco Aurélio, mas, de vez em quando, até de forma surpreendente, recebe o reforço de Celso de Melo, o decano da Corte. A segunda turma daqui, que sempre estará a favor do Executivo (leia-se Galileu Machado, do MDB) é composta por Rodrigo Kaboja (PSD), Ademir Silva (PSD), Adair Otaviano (MDB), César Tarzan (Pros), Josafá Anderson (PPS), Nego do Buriti (PEN) e Raimundo Nonato (PDT). Correndo por fora, na espreita ficam Delano, Marcos Vinicius e Zé Luiz da Farmácia (PMN).

Isto quer dizer...

...que a divisão em duas turmas de sete cada uma, com três vereadores que “podem receber conselhos de amigos”, estão delineadas e que o prefeito nunca estará folgado, a não ser que, em toda decisão importante, chame na hora quem irá votar contra ou que “dê a sorte de alguns companheiros resolverem viajar”.

Agora o caldo engrossou

É bastante improvável que a CPI da Câmara e a apuração do Ministério Público concluam que as gravações feitas sem ordem da Justiça não são autênticas. Quem conhece os personagens e os contornos que levaram Marcelo Marreco a fazer uma denúncia grave da Tribuna da Câmara não duvidam da autenticidade. Dr. Delano não assinou porque é do partido do prefeito, o MDB, com a desculpa que, sem perícia, não poderia assinar. No particular, o vereador, embora não conteste a autenticidade, tem dúvidas se aconteceram cortes ou montagem. Nisso ele tem razão, existe a possibilidade de uma mexida, sim, mas quanto ao teor nada muda.

Mas que é uma vergonha...

...realmente é. Este diário dissecou todo o ocorrido, ouviu as pessoas que se deixaram ouvir, não teceu qualquer comentário a respeito de nada. Como observador e com uma, digamos, certa experiência no assunto, além de não duvidar de nada, entendo que a assessoria do prefeito foi tremendamente infeliz, deixando, inclusive, que pessoas sem qualquer condição política ou experiência em determinados assuntos assumisse uma postura de porta-voz, algo impensável nos dias de hoje, onde qualquer telefone é ao mesmo tempo um gravador. Isto não é grampo, é gravação e, portanto, absolutamente legal, pois fere frontalmente os interesses de uma das partes e de forma indireta os nossos, que pagamos impostos para que os nossos interesses sejam bem administrados, e não entregues a um “João qualquer”, que baixou nesta cidade sem pé e nem cabeça.

Agora...

...quem nunca foi nada continua sendo um zero à esquerda, seguramente com mais um processo nas costas. Já quem assinou algum papel ou deixou-se gravar, poderá passar por maus momentos. Mas isto, somente quem viver verá!

OLHO: Agora, quem nunca foi nada continua sendo um zero à esquerda...

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