É preciso união

Os casos suspeitos de coronavírus não param de aumentar em Divinópolis. De nove registros investigados na última semana na cidade, chegou-se a 15 na terça, e 25, ontem. Até o momento, apenas uma ocorrência foi confirmada. Em paralelo a isso, o volume de informações sobre o Covid-19 aumenta a cada dia, a cada hora, a cada minuto. A todo momento tem um novo vídeo de alguém falando alguma coisa sobre o assunto.

E o pior. Há expectativa de que mais casos venham à tona nos próximos dias Brasil afora. Especialistas aguardam a avaliação sobre classificar o surto como uma emergência internacional. O certo é que há pandemia, dúvidas e muito medo.

 Há uma lista sem fim do que se pode e o que não se pode fazer, misturada às fake news. Uma verdadeira loucura.

Uma coisa é fato: é difícil manter a calma diante da situação. A sensação que se tem é que as autoridades ainda batem cabeça e não sabem ao certo o que estão fazendo e que atitudes tomar. Falam em prevenção a todo tempo. Para as pessoas ficarem dentro de casa. Para higienizar as mãos a toda hora. Falam dos sintomas, mas nada é muito certo. A pessoa pode e não pode apresentar os sintomas. Mas quais sintomas? Às vezes, raro, comum, mas pode. Tudo está uma loucura. Pede-se calma, mas a sensação que dá às vezes é de desespero total. É o fim do mundo?

Se, por um lado, as autoridades não passam segurança, por outro, o povo não colabora, ou parece não querer colaborar. Basta um espirro para procurar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um posto de saúde, um hospital, se colocando verdadeiramente em risco. O aumento a cada dia de casos em investigação na cidade assusta, mas o que consola são os casos descartados, e até agora só ter tido apenas um caso confirmado. Diante da situação o que se constata é: a população está ajudando mesmo? Não se sabe ainda! Talvez só saberemos se conseguirmos controlar tudo isso em algumas semanas. Pois, o que preocupa é o fato de muita gente ainda estar levando a situação como brincadeira, e o empresariado não estar se esforçando o suficiente.

Afinal, em alguns segmentos, a preocupação é única e exclusivamente com os clientes, os funcionários, se quiserem, que tomem suas próprias precauções. Hoje ficou constatado que o Brasil está neste movimento preventivo, mas que, apesar de algumas medidas terem sido adotadas, os casos suspeitos não param de crescer país afora, os confirmados também, e já tem até mortes registradas. A impressão que se tem é que, mais uma vez, os brasileiros não sabem o que estão fazendo. Enquanto uns puxam a corda para um lado, outros puxam para outro lado. Será que assim iremos a algum lugar? Pois já é mais do que comprovado que a única arma contra o coronavírus é a união. De nada vai adiantar cada um seguir o seu próprio entendimento. Os casos vão continuar a aumentar. É necessário que iniciativa pública, privada e população deem as mãos para enfrentar o Covid-19, assim como foi feito na China e na Itália.

É preciso mais do que enxurrada de informações, de cartilhas, de vídeos. É preciso ação, todos juntos em um só propósito, pois ninguém quer fazer parte de uma estatística. Este é o momento da empatia, do amor ao próximo. De deixar as vaidades de lado, e buscar o bem e a cura comum. Sem união, o caos prevalecerá.

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