É preciso dar tempo ao tempo

José Carlos de Oliveira 

A bola ainda não rolou, nem mesmo para os treinamentos oficiais do novo time que está sendo montado no Farião, mas a cobrança já é grande e nas redes sociais a guerra já está declarada. São muitos a pregar a derrota sem dar nem tempo para o novo Guarani mostrar ao que veio.

Menos, gente, bem menos

Ora bolas, como podem cobrar resultados, se ainda não conhecem a força do novo Bugre, se não sabem se este time vai render ou não? Há que se dar um voto de confiança para a nova diretoria, que assume o clube num momento delicado para toda a humanidade, com a pandemia da covid-109, e somente depois dos primeiros resultados, aí, sim, cobrar uma atitude dos novos dirigentes.

O que não pode acontecer, de forma alguma, é jogar o time para baixo neste momento delicado, apregoando aos quatro cantos que está tudo errado no clube, que o Guarani não terá a mínima condição de fazer boa campanha no restante do Módulo II. Aguardem um pouco mais, pessoal, mostrem que realmente amam o clube e deem tempo para eles trabalharem.

Esperem um pouco mais

O treinador veio de longe, é um ilustre desconhecido de todos nós do futebol mineiro, e ninguém sabe qual seu potencial de crescimento, se ele conhece mesmo de futebol ‒ mas dentro das quatro linhas, e não é simplesmente mais um teórico da bola. Sem esperar que ele mostre serviço, não dá para ficar jogando pedra. Esperem pelos resultados e deixem para fazer as cobranças na hora certa.

Precisa apoio

O grupo ainda é formatado nos bastidores do Farião e somente depois de obedecidos todos os protocolos impostos pelas autoridades em saúde e pela Federação Mineira de Futebol (FMF), será apresentado à imprensa. E ninguém pode afirmar em sã consciência se esse grupo dará ou não liga no estadual. 

É preciso dar tempo para eles trabalharem. A hora agora não é para adivinhações pessimistas ‒ deixe isto para as cartomantes de plantão ‒, e sim de tirar a camisa alvirrubra do Tamanduá de dentro dos armários e colorir as ruas de vermelho e branco em apoio ao time, jogando junto com o Bugre onde ele estiver.

Se com apoio a guerra no restante do Módulo II já será das mais duras, sem as arquibancadas jogando junto mais difícil será a tarefa de todos no clube, a começar do presidente ao mais humilde dos funcionários do Bugre.

Time jovem

O elenco ainda não foi apresentado, mas pelo que pudemos sentir do grupo – repleto de caras novas, jovens com vontade de dar certo no futebol – que vimos treinando fisicamente no Farião ontem e pelo pessoal de apoio que trabalha nos bastidores, não será por falta de vontade que este time não dará certo. Agora é esperar pelo dia 10 e assistir, em campo, o que este time pode ou não fazer no estadual.

Cobrar antes da hora não é o melhor caminho, ou melhor, é um atestado de burrice.

Estagiárias da Unifenas no Farião – Nos bastidores da preparação do Guarani, estudantes do curso de fisioterapia da Unifenas fazem estágio no clube e atendem os novos jogadores que defenderão o Alvirrubro na reestreia no Mineiro, a partir de 10 de outubro. O objetivo é deixar os atletas em boa forma física para aguentar a maratona de jogos que vem por aí.

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