‘Céus’

Olá! Estamos sós no universo? Esta é uma pergunta que tem provocado a humanidade há séculos. Cientistas, em pesquisas sérias e envolvidos completamente na busca de evidências, trabalham incansavelmente, tentando encontrar a resposta. Sinais nos céus, coisas inexplicáveis (ou intencionalmente não explicadas) colaboram para o aumento dessa dúvida. Mas, como os questionamentos são amigos das respostas, quanto maior a dúvida, maior certeza de que a resposta torna-se importante. Como cita um ditado judaico: “Dúvidas tornam pessoas sábias”.

Não sou ufólogo. Tampouco conheço seus argumentos. Também não sou astrônomo. Logo, não quero falar como se fosse um, visto que sou teólogo. Tanto da ufologia quanto da ciência, sei o que a maioria das pessoas tem conhecimento. No entanto, a astronomia fornece informações importantes para quem está desejoso em pensar. E estou! Estou desejoso em refletir o tema sob o viés da Bíblia. E, como pensador, não posso me acovardar em ofertar minha opinião. Por isso, penso!

Ainda que a ciência, por ser investigativa, esteja em constante processo de atualização de dados e informações sobre o espaço, sabemos o que pensam os cientistas hoje. E eles afirmam que a luz viaja a 9,46 trilhões de quilômetros ao ano. Isso se define como “um ano luz”. Também sabem, com certo grau de certeza, que nossa galáxia (Via Láctea) necessitaria de 100 mil anos luz para ser atravessada. Ou seja, possui 946 trilhões de quilômetros de uma ponta à outra. Esse seria o caminho a ser percorrido em nossa galáxia.

Mas não se pode considerar apenas nosso sistema solar. O satélite espacial Hubble (em inglês Hubble Space Telescope – HST), segundo informações do físico brasileiro Adauto Lourenço, conseguiu registrar a existência de 300 milhões de sistemas solares, contendo, cada um desses sistemas, cerca de 300 milhões a 400 milhões de estrelas. Ou seja, nossa galáxia é apenas uma partícula de um macrouniverso. Isso significa que os 946 trilhões de quilômetros da Via Láctea tornam-se uma fração ínfima.

Soma-se a estas informações a de que nossa galáxia é pequena, se comparada a outras já percebidas. Tendo o sol (para Via Láctea), nossa maior estrela, queimando a 6 mil graus célsius (nas partes mais frias – ou menos quentes), viajando a quase 250 Km por segundo, em sua órbita pela galáxia, logo, completará sua órbita em 200 milhões de anos. Os cientistas sabem tudo isso. Ou melhor, sabem-no com maior precisão.

O que podemos dizer? O que pensa o homem? Ao admirar tudo o que já viram, questionam. Isso é natural! Em um universo tão extenso, magnífico e de grandeza infinitamente inexplorada pelo homem, seria loucura acreditar que haja somente o homem para habitar tudo isso!

Ao ouvir um cristão convencido em afirmar que Deus criou tudo isso com a Sua Palavra e colocou o homem para habitar e zelar pelo planeta Terra (no minúsculo planeta Terra), alguns riem e dizem, com certa atitude cética: “Isso é um desperdício de espaço!”.

Qual é a questão aqui? Não é se Deus desperdiçou espaço, deixando tudo para um reles ser humano. A questão aqui é para que propósito criou tão vasto universo material e colocou o homem para contemplá-lo e explorá-lo, chegando à conclusão de que é o homem o único ser vivo que habita o cosmos. Acredito que a resposta esteja no desejo de Deus em revelar-se.

O propósito dos céus (digo-o no plural, por tratar-se de Universo) está exposto no salmo 19, que diz: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”. Os céus foram criados não para dar sentido ao homem, mas, para apresentar sentido à Glória de Deus. Os céus, com seus bilhões de sistemas solares, e mais bilhões de estrelas, revelam ao homem com quem ele está lidando, quando se refere a Deus. Essa é a dimensão. Essa é a proporção entre Deus e o homem. Essa é a distância da grandeza.

Acredito que a Bíblia diz a verdade e não estamos sós no universo. Temos a companhia dos anjos e Deus. Contudo, é mister que o universo físico seja a revelação visível do Deus invisível. Ao olhar para os céus e as estrelas, pensemos no tamanho de Deus.

 

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