“Calma”

“Calma”

É o pedido do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) aos moradores de Divinópolis. Ontem, o chefe do Executivo foi às redes sociais pedir calma à população. Com as frequentes chuvas, é inviável executar as obras necessárias de pavimentação e/ou recapeamento. Assim, até que a chuva “dê uma trégua”, as ações serão apenas paliativas. Gleidson explicou que as equipes de várias secretarias estão sobrecarregadas pela quantidade de ocorrência. A prioridade, disse, é salvar vidas de uma possível tragédia e retirar as famílias ribeirinhas de suas casas. “Sei de todos os problemas da cidade”, comentou. Ele prometeu que, quando as chuvas cessarem, os moradores verão a “maior operação de Tapa-buracos da história de Divinópolis”, com a falta de qualidade em vias que receberão manutenção ou mesmo totalmente recapeadas.

Dinheiro

Outro aspecto a ser levado em consideração é o econômico. Será preciso muitos investimentos na recuperação das áreas atingidas pelas chuvas. Serão necessários, ainda, recursos para implantar melhorias na cidade. Na segunda-feira, 10, o prefeito esteve na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, justamente para tratar do assunto e pedir socorro ao governador Romeu Zema (Novo). O governo estadual já anunciou a antecipação de alguns repasses para determinadas cidades A ver quais medidas serão tomadas para o apoio, inclusive a longo prazo, aos municípios mineiros.

Prevenção

Após mais de um mês sem fatalidades, Divinópolis voltou a confirmar nova morte por covid-19 - a primeira em janeiro deste ano. Um dado alarmante, também divulgado ontem, é o crescimento da taxa de ocupação em leitos exclusivos para pacientes com a doença, que já beira os 50%. Nas últimas semanas, o indicador sempre ficava abaixo dos 20%. Conforme detalhou o secretário de Saúde, Alan Rodrigo, ao Agora, a procura de pacientes com doenças respiratórias por atendimento aumentou. Ou seja, o momento ainda é de prevenção, com o uso de máscara, se mantendo longe de aglomerações e lavando as mãos constantemente. E, claro, a principal medida: se vacinar. 

Mais multa

R$ 228 milhões. Esse é valor da multa aplicada pelo governo de Minas Gerais à empresa Vallourec, responsável pela barragem Mina Pau Branco, em Nova Lima. Um transbordamento no dique de contenção de sedimentos ocorreu no sábado, 8, e ocasionou a interdição da BR 040. A multa foi aplicada em razão dos danos ambientais causados na região. “A empresa autuada tem 20 dias para efetuar o pagamento da multa ou apresentar defesa aos órgãos ambientais do Estado”, informou o governo. Mais uma vez, Minas Gerais se vê à beira de uma nova tragédia ambiental causada por uma mineradora. Novamente, o Estado deve sair mais rico. Para além das multas (necessárias), vê-se a necessidade de protocolos mais rígidos de fiscalização e punição das responsáveis. Como informou o próprio governo, “a empresa [Vallourec] foi considerada reincidente, pois em 2020 foi multada por descumprir prazos estabelecidos pela Portaria Igam nº 02/2019 para envio de documentação relativa a barragens de água”. Enquanto nada for feito, apenas multas, ficaremos à mercê da tragédia.

 Fique em casa

Desta vez, não é somente por causa da covid-19 e a influenza. É recomendação da Polícia Militar Rodoviária Federal e Estadual, a toda população de Minas Gerais, devido às fortes chuvas que há semanas atingem várias regiões do Estado. O  trânsito de veículos pelas estradas estaduais e federais que cortam o estado está parcial ou integralmente interrompido em 17 de pontos. As regiões Central e Oeste concentram o maior número de bloqueios causados por deslizamentos de terra, quedas de barreira, árvores ou pedras nas pistas, buracos e outras consequências das chuvas, como a cheia de rios. O apelo é para evitar ainda mais tragédias. Infelizmente, o que mais se viu nos últimos dias. Tomara que muita gente tenha aprendido a lição e pense duas vezes antes de pegar a estrada sem necessidade. 



 

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